Funciona assim, acho que é isso: de repente surge na gente um estado de afeto misterioso numa perspectiva inconsciente. Você começa a sentir alguma coisa, mas não sabe exatamente o que. A não ser quando ocorrem os cracks. Aqui e ali, de acordo com as circunstâncias – uma conversa casual, um dia chuvoso, visões de fatos exteriores… E voilà. Os cracks aparecem.
E pelos cracks na terra você vê o afeto dominante que reina por debaixo. Então, muito provavelmente, os cracks vão abrindo-se mais e mais. E o que era lava vira rocha.
Há chance de mudar o rumo do afeto dominante? Há formas de evitar a tempestade que se avizinha? Seriam os cracks formas de intuição a indicar ventos que nos carregam para um lado mais tenebroso do ser?
Perguntas da noite não se respondem de dia…